O meu amor não marca hora nem local.
O meu amor não explica e não confude.
O meu amor é constante. E constante me enreda em mais amor.
Meu amor é manchado de outros amores, mas é límpido no coração.
O meu amor não é tão meu assim, mas é um fragmento do meu ser.
Meu amor é como córrego de rio, vai mas sempre volta ao meu leito.
Vai para expirar mas volta para respirar.
O meu amor é belo de admirar, mas não serve de adorno: és livre.
Sua beleza é sua liberdade.
E deixo por assim estar: meu e não tão meu.

Estou feliz!
Como sente-se quando está feliz? o que sente?
Sinto-me como se fosse explodir. Explodir por dentro. Expelir todos os meus orgãos e eles em harmonia dançar.
E eu quero dançar igual louca, perder o sentido.
Quero respirar ofegante, ficar tonta.
Quero gritar um grito estonteante, perder a voz.
Quero ser sua amada, ser sua desejada.
Quero e quero ser tudo.
Tudo porque estou feliz.
E sinto-me livre, livre em explosão nessa manifestação súbita e violenta de sentimento.
Sinto-me feliz na plena felicidade.

Hoje li um texto interessante sobre mudanças, chama-se 'Mude' da minha autora predileta, Clarice Lispector.
E fiquei refletindo sobre isso. Intensamente.
Mudar é uma coisa tão digna, né? Para mudar tem que ter capacidade, mudança não é algo fácil, mas é algo saboroso.
O sabor da mudança não é doce nem amargo, é um gosto indescritível. Um gosto de lua cheia.
Admiro e parabenizo quem tem o dom de mudar.

Mudar é viver sem se prender, não é viver insossamente, é viver aberto, livre para o perigo e para o prazer.

Mudar é divino, é renovar-se.
O mundo pede muito de nós, e saber se adequar a ele de uma forma que lhe convém é mudar.
Mudar é transformação é modificação é variação.
Mudar é experimentar o novo todos os dias, é tentar, é buscar.
Mude!
Mude planos, mude roupas, mude idéias, mude pensamentos, mude de lugar, mude de posição. Mude!
Renove-se.

Nem sei se esse lance de blog já saiu de moda ou não, mas nesse momento me pareceu uma coisa favorável.